sexta-feira, 9 de abril de 2010

coleção OS CAÇADORES DE LENDAS


Bem, gostaria de dividir com os meus companheiros detalhes da minha mente bagunçada e descoordenada, sei que muitos escritores são assim, às vezes, durante desenvolverem um determinado trabalho ou projeto, acarretam o ápice de outro trabalho completamente diferente.

Estava desenvolvendo uma de minhas estórias recentemente “Ântares", que veio a mim como uma distinta trilogia, infanto-juvenil.

Mas, tive uma paralisia criativa e travei o trabalho, como muitos escritores dos quais li as biografias, então decidi ler um livro a qual já há muito venho querendo ler, “ENTREVISTA COM O VAMPIRO” de ANNE RICE, minha amada escritora norte-americana de NOVA ORLEANS. Confesso que apesar de ser a maior obra dela, “Entrevista com o vampiro” não foi à primeira obra que li da autora, foi “LASHER”, as crômicas das bruxas Mayfair.

Muito interessante devo afirmar, envolvente como qualquer outra jamais poderá ser.

Já havia assistido ao filme “Entrevista com o vampiro”, com Brad Pitt como Louis e Tom Cruise como Lestat, sem esquecer-se da linda KIRSTEN DUNST (Mary Jane, homem aranha) que apesar de muito jovem interpretava a malévola Claudia, a criança vampiro, de cinco anos, criada por Lestat. Sem esquecer o brilhante Antonio Banderas interpretando o charmoso e envolvente vampiro Armand.

Como todos os bons amantes de livros sabem que filmes quase destroem o enredo dos livros, devido aos cortes por causa do tempo de filmagem. As estórias ficam um pouco vagas sem respostas conclusivas ao conteúdo debatido, e o porquê do porque é sempre bem vindo.

Voltando a minha leitura das obras de Anne Rice, vim a ler primeiramente “Lasher”, consecutivamente o “Vampiro Lestat” e então “Vampiro Armand”. Em um curto espaço de tempo, menos de três meses para ser exato. Atualmente como comentava a respeito de minha paralisia criativa, vim a ler “Entrevista com o Vampiro”, em seguida “A história do ladrão de corpos” e “Cânticos de sangue”. Devo frisar que levei três semanas para ler todos, sou meio devorador de livros, confesso.

Tudo isso que expliquei foi necessário para levar ao que realmente quero dizer, na verdade veio a minha mente toda a história de “O MISTÉRIO DE MADAME NORRAN”, que já postei um leve detalhe em meu blog, somente como uma idéia ainda em amadurecimento, sem enredo ainda preciso na época que me veio à mente.

Porém, foi de imensa euforia que fui tomado quando me veio pronto a mente todos os detalhes da estória, claro que ainda estou escrevendo, mas o mais difícil foi encontrar a forma de passá-la para palavras, de que maneira? Que tipo de narrativa usar? Como expressar o sentimento dos parágrafos?

Por fim, consegui desenvolver um simpático personagem que narra a estória em primeira pessoa, um velho investigador particular aposentado, no auge de seus setenta e nove anos. Que narra a sua juventude e seus casos com a emoção de imensa saudade de seus tempos de mocidade, seus amores e aventuras. O mais impressionante é que a história é contada em um turbilhão frenético de tempo que vai e que vem, uma viagem impulsiva no espaço e tempo.

Diony Corrêa Costa é um investigador aposentado de setenta e nove anos que reside atualmente em um asilo, em pleno ano 2.054.

Com medo de sua idade avançada e de esquecer suas aventuras que revive em sua mente diversas vezes diariamente, decide escrever em seu computador todos os detalhes que marcaram sua vida, para poder ler quando futuramente esquecer-se de algo. Uma viagem que nos leva aos anos de 1975, quando nasceu, até 2.010, quando o primeiro caso marcante de sua carreira de investigador particular cruzou com o mundo sobrenatural. Devo afirmar que será um trabalho intrigante escrever esta estória, viajar pelas décadas contando coisas verídicas do passado e ilusões futuras. Imaginar o que nos espera no futuro, todas as revoluções tecnológicas e falar sobre temas diversos que abrangem nossa sociedade, pois, o protagonista em diversos trechos expõe comparações e similaridades de fatos, diferenciando uma infra-estrutura urbana de hoje com o que será (talvez para mim) no futuro. Sem perder o suspense do conto sobrenatural, pois, falarei sobre bruxas.

Neste trabalho, apesar de parecer para muitos, tolo, bem sei. Tive que pesquisar sobre os mitos das bruxas na Europa, sem esquecer os rituais praticados por esta cultura milenar e os mitos ridículos que as envolviam que afirmavam que as bruxas tinham o poder de roubar as almas das pessoas para se manterem jovens.

A história é passada em Joinville, a maior cidade de santa Catarina, o que me levou a fazer um estudo histórico desde a época da colonização, quando ainda era chamada Colônia Dona Francisca, pois, como sabemos Joinville foi instituída sobre parte dos dotes da Princesa imperial do Brasil Francisca Caroline de Bragança, filha da princesa Isabel, Neta de Dom Pedro I. Sobre a chegada dos imigrantes de Hamburgo, que chegaram através do mar direto para nossas terras, os primeiros moradores quase por assim dizer, que será a peça chave do ápice da estória.

O engraçado é que quando eu comecei a escrever estórias lá pelos meus quinze anos, não sabia que era tão difícil poder escrever um livro, que os meios para isso é o puro conhecimento. Apesar de que sem nenhumas dessas pesquisas me impeçam de desenvolver a estória, são de vital importância para que haja a essência do livro escrito.

Devo também informar que o mais espantoso também aconteceu, esta estória em minha mente foi de tamanha devastação que acabou se tornando muito mais intensa do que qualquer outra. Tornou-se uma série, estórias decorrentes a esta, então criei as crônicas OS CAÇADORES DE LENDAS. Uma serie de livros que tratarão sobre o sobrenatural tão entranhado nos mitos brasileiros, que não devemos esquecer que muito têm de mistura com mitos europeus, africanos, asiáticos, entre tantos outros nessa nossa nação miscigenada, com tantas raças e culturas diversas.

Por ventura, a estória que desenvolvi QUANDO OS LOBOS UIVAM, acabou se entrelaçando nesta coleção.

Daiany Morh, a jovem investigadora da policia federal, que lidara com lobisomens em sua primeira história sobrenatural, acabara conhecendo Diony, personagem de O MISTÉRIO DE MADAME NORRAN. Decidi casá-los e formar uma astuta dupla dinâmica de investigadores. Esta história será contada em AS BRUXAS DA ILHA, onde pretendo narrar os mitos e lendas das bruxas da ilha de Florianópolis, nossa capital do estado, muito conhecida por gerações. Onde os protagonistas vão passar a lua de mel e acaba tudo dando errado, velhos fantasmas voltam para assombrar Diony. Bem detalhes que ainda não posso revelar por enquanto.

Resumindo a coleção se desenvolveu em 9 volumes:

Que futuramente pretendo contar, mas por hora esta postagem está longa demais. Desculpem-me o exagero!

Um abraço!